terça-feira, 31 de maio de 2011

Fichamento O Odontopediatra Diante de Maus-Tratos Infantis: Diagnóstico e Conduta



A violência doméstica e o abandono de crianças são problemas atuais da sociedade brasileira e mundial, ameaçando o seu bem-estar físico e mental. Diante desse fato, é crescente o número de profissionais das mais diversas áreas, bem como a sociedade em geral, que estão se mobilizando contra essas agressões.
Os maus-tratos praticados pelos próprios pais ou responsáveis são extremamente comuns, assumindo proporções assustadoras em países que já se organizaram para o recebimento de denúncias
CHAIM (1995) investigou qual a conduta que os cirurgiões-dentistas adotariam diante de uma criança vítima de agressões e maus-tratos. Os resultados mostraram que a classe odontológica e os acadêmicos não têm um modo padrão de agir, embora a maioria (55%) considere o diálogo com os pais ou responsáveis como a melhor forma de resolução para esse problema social. Segundo o autor, a comunidade odontológica carece de uma conduta padrão para os casos de violência contra crianças
Um sinal ou sintoma são motivos de alarme; um conjunto de sinais ou sintomas indicam a possibilidade de maus-tratos. Por conseguinte, o cirurgião-dentista deverá estar atento a: lesões físicas (hematomas, cortes, queimaduras); aparência descuidada e suja; desnutrição; comportamento extremamente tenso, agressivo ou apático; isolamento; abatimento; relutância em voltar para casa; excessiva preocupação em agradar; não confiança em adultos; choro sem causa aparente, entre outros (ABRAPIA, 1997).
Os profissionais da área de saúde, inclusive o dentista, além de professoras, pessoas que trabalhem em creches e qualquer pessoa que exerça alguma atividade ligada a crianças, devem estar preparados para identificar um caso suspeito de abuso infantil e conhecer os procedimentos necessários para se efetuar a comunicação à autoridade competente (VIEIRA et al., 1998).
Diante do exposto acima, é lícito afirmar que o cirurgião-dentista, como profissional da saúde, e, principalmente, como cidadão, deverá estar capacitado para identificar casos de crianças ou adolescentes vítimas de maus-tratos, fornecer os cuidados dentários emergenciais necessários e notificar as autoridades competentes.

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